O meu filho nasceu em Dezembro de 2013. Uma gravidez muito tranquila até às 33 semanas, altura em que fiquei de repouso absoluto por contrações intensas e ameaça de parto prematuro. Após uma semana de internamento permaneci em casa até às 38 semanas e entrei em trabalho de parto espontâneo, tendo-me dirigido para a maternidade. Mesmo na fase final de atingir a dilatação completa, o bebé encravou no canal de parto e após algumas horas de exercícios e manobras de rotação manual da nuca, sem sucesso, tivemos que partir para uma cesariana de urgência. A primeira sensação? Um misto de alegria por o ouvir chorar pela primeira vez e o choque de ver um formato oval, muito pronunciado, do crânio dele… o meu filho parecia uma personagem dos Simpsons!!
A maternidade trouxe-me uma felicidade que eu desconhecia até então, mas também me ofereceu um sem número de preocupações… desde cedo que o V. se mostrou um bebé que passava a maior parte do dia irritado e choroso. Claro que como pais pensámos em várias possibilidades… seria fome? Na verdade melhorou ligeiramente com a introdução de leite artificial, como complemento alimentar, mas em poucos dias voltámos ao mesmo. Seriam cólicas? Ainda na maternidade, as enfermeiras disseram-nos que ele tinha cólicas e mostraram-nos como realizar as massagens abdominais e estimular a libertação de gases. Acrescento ainda que desde a terceira semana de vida, o V. passou a ser um bebé com um padrão intestinal alterado, passando vários dias sem evacuar (e só fazia quando era estimulado), situação mantida mesmo após a troca do leite em pó (por quatro vezes e sempre de acordo com aconselhamento médico!). De dia para dia, o V. ia dormindo pior, cada vez necessitava de mais colo para se acalmar, qualquer saída com ele era uma aventura pois chorava muito e ficava tudo de olhos postos em nós… toda a família sempre muito preocupada e nós a ver o tempo a passar e nada a melhorar. Todos nos diziam que tínhamos que ter paciência porque “há bebés assim” e só nos resta “esperar que passe”. A tão falada meta dos 3 meses, como melhoria das cólicas, chegou mas nada mudou. Nenhum medicamento resultava também (e experimentei de tudo!). Constantemente procurava na internet e em livros o que mais poderia fazer para melhorar o desconforto sempre evidente do meu filho… até que encontrei um artigo na Revista Pais & filhos, sobre os benefícios da Osteopatia Pediátrica nestes bebés e, em conversa com uma mãe recente, foi-me fortemente recomendado experimentar. Descobri que em Portugal esta é uma terapia não-convencional ainda pouco conhecida mas que em vários países da Europa existem Osteopatas nas Maternidades para fazer a avaliação dos bebés, após o seu nascimento, e que os pais continuam a recorrer muito aos seus serviços após a alta. Em conversa com o Pediatra do V. ele apoiou bastante esta opção e referiu inclusivamente que tem acompanhado alguns bebés seguidos em Osteopatia e que têm apresentado bons resultados. E foi assim que conheci a Terapeuta Vanessa Faria Lopes. Numa primeira sessão, e após observação do V., uma pessoa desconhecida fez-me o retrato fiel do que foram os meus primeiros quatro meses de maternidade e explicou-me o porquê dele estar e ser assim… e com toda a razão! Afinal o desenrolar do trabalho de parto, a força das contrações e o encravamento a que o V. esteve sujeito, propiciaram a que ele nascesse com um compressão a nível occipital/cervical alta e daí o seu desconforto permanente (e a alteração notória à nascença do formato do crânio). Fisiologicamente é nesta zona que se encontram alguns nervos importantes, nomeadamente os nervos do aparelho digestivo e daí a obstipação e as cólicas. O profissionalismo da Terapeuta Vanessa aliado à sua postura serena, que transmite calma e confiança, conquistaram-me e os resultados têm sido notórios de sessão para sessão (a regularidade das visitas é combinada a cada sessão, consoante os resultados). Posso dizer que um mês depois o meu filho já é um bebé muito diferente. Dorme a noite toda, as sestas diurnas estão a melhorar também, está mais bem-disposto, tolerante e sorridente, chora muito menos e quanto às cólicas parecem-me mínimas ou mesmo inexistentes em vários dias. O padrão intestinal também melhorou, normalmente evacua em dias alternados e sem estimulação. Como é evidente as preocupações diminuíram bastante e finalmente começo a conseguir relaxar e a gozar da companhia do meu filho!
Um bem-haja à Osteopatia Pediátrica e um especial obrigada à Terapeuta Vanessa Faria Lopes!
Cátia Zigue Gonçalves, mãe do V.